Luta de classe

Da oposição operária ao CONAT

A Oposição Operária — OPOP — está, neste momento, rompendo com a CONLUTAS. Mas, não se trata de um ato de desligamento repentino, tomado abruptamente. Ao contrário, trata-se de uma atitude pensada, refletida e amadurecida nas fileiras da Oposição, uma atitude, portanto, que foi sendo mediada por sucessivas discussões à medida que o processo de consolidação da CONLUTAS foi acontecendo.

Como todas as forças e todos os companheiros que participam do CONLUTAS sabem, a OPOP, por acreditar na luta anti-capitalista direta e, portanto, não crer nas “táticas” que propugnam ocupar espaços no Estado e no Parlamento e nem, ademais, na  direção ou outros cargos da forma sindicato e central sindical, não pode mais continuar debatendo numa perspectiva que se consolida simplesmente  sindicalista e eleitoral. 
A força que hegemoniza a CONLUTAS impõe, com uma prática reconhecidamente aparelhista, uma orientação política de cunho reformista que nada mais tem como resultado senão o efeito de dissimular, negar, deseducar e fetichizar a autonomia da perspectiva e do projeto dos interesses imediatos e históricos do proletariado, trocando-os por uma modalidade de intervenção que fortalece, ao contrário, as instituições do Estado burguês, que se coloca a serviço da administração da crise atual do capital e de seu Estado e que não aponta para a potencialização da crise numa perspectiva de libertação do proletariado; uma linha, numa palavra, que repõe as premissas de reprodução da ordem do capital e de suas instituições.

Teses sobre o movimento dos estudantes da primavera 2006 na França

Estas teses foram adotadas pela CCI no dia 4 de abril quando os estudantes ainda estavam no movimento de luta. Em particular, a grande manifestação do dia 4 de abril, que o governo esperava fosse menos vigorosa que a precedente (a de 28 de março), acabou sendo mais massiva. Notadamente, pôde se constatar nesta manifestação uma participação ainda mais ampla dos trabalhadores do setor privado. No seu discurso do dia 31 de março, o presidente Chirac havia tentado uma manobra ridícula: anunciou a promulgação da lei "Igualdade das chances" e ao mesmo tempo pediu que seu artigo 8 (que define o Contrato Primeiro Emprego, o principal motivo da cólera dos estudantes) não fosse aplicado. Em lugar de enfraquecer a mobilização, esta contorção lastimável a fortaleceu. Alem disso, o risco de um estouro espontâneo de greves no setor diretamente produtivo, assim como aconteceu em 1968, estava mais e mais presente. O governo não teve outra solução de que reconhecer a evidência de que as suas pequenas manobras não podiam quebrar o movimento; foi assim que, depois das últimas contorções, acabou retirando o CPE no dia 10 de abril. Na realidade, as teses deixavam ainda aberta a possibilidade para que o governo não recuasse. Dito isso, o epílogo da crise com um tal recuo do governo constitui uma confirmação e um reforço da idéia central das teses: a importância e a profundidade da mobilização das  novas gerações da classe operária durante estes dias da primavera 2006.

Primeiro de Maio é o dia da classe trabalhadora internacional

O Primeiro de Maio é o dia da classe trabalhadora internacional.Este panfleto está sendo distribuído na Turquia, na Grã-Bretanha e na Alemanha. Na Grã-Bretanha e na Alemanha está sendo distribuído pela Corrente Comunista Internacional, que se associa com as visões internacionalistas que ele defende.

França: Solidariedade de todos os trabalhadores com os estudantes em luta contra o CPE!

As novas gerações, universitários e estudantes de institutos, estão sendo atacadas em massa pelo Governo Chirac/Villepin/Sarkozy que quer impor pela força e com violência o Contrato Primeiro Emprego (CPE) para generalizar de forma brutal a eventualidade no trabalho. Os estudantes que protestaram sem violência nas manifestações de 7 e 14 de Março não estão lutando só por eles mesmos. Estão se manifestando em massa para lutar pelo futuro de TODA a sociedade, de todas as gerações, dos operários desempregados e dos operários com empregos precários, tentando dar uma perspectiva de luta aos jovens dos bairros mais pobres numa tentativa de ajudar-lhes a superar o desespero que lhes empurrou, em Novembro passado, a desenvolver uma violência cega e sem perspectiva.

Diante do agravamento dos sofrimentos da humanidade, só há uma solução, Acabar com o capitalismo!

Basta assistir qualquer telejornal ou ler qualquer jornal para receber a bofetada de uma interminável sucessão de desgraças cada uma mais mortífera e desumana. Nem sequer no período do verão, convencionalmente publicado como uma espécie de parêntese, ele não deixa “desconectar” do terrível cotidiano do sem-fim de problemas que padecemos, concede alguma trégua, e este ano vimos amontoá-las arrepiantes imagens dos atentados de Londres, das matanças em massa no Iraque, da devastação de regiões inteiras pelas inundações na Europa Central, os incêndios na Península Ibérica, a sucessão de acidentes aéreos com centenas de vítimas e, como terrível arremate, a catástrofe do Katrina,… a “volta” à normalidade, os trabalhadores se encontram com ameaças cada vez mais evidentes de degradação de suas já deterioradas condições de vida: na Alemanha ganhe quem ganhar as eleições os planos de austeridade e de cortes de pensões vão continuar; nos Estados Unidos acontecem às quebras (Delta Airlines), e as reduções do quadro de pessoal; na Espanha as três principais indústrias automobilísticas (SEAT, Ford e Opel), anunciam demissões no caso de que os trabalhadores não aceitem cortes de salários, submissão às necessidades da empresa quanto a jornada trabalhista, férias etc.

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