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Informamos aos nossos leitores da criação de um núcleo da CCI no Brasil.
Trata-se para nós de um acontecimento de grande importância que vem concretizar o desenvolvimento da presença política da nossa organização no país mais importante da América latina, país que conta as maiores concentrações industriais desta região do mundo, as quais são também entre as mais importantes na escala mundial.
Existe também neste país um meio de elementos em busca de posições revolucionarias, assim como grupos políticos proletários. Entre estes, já assinalamos na nossa imprensa e no nosso site em português a existência da Oposição Operária (OPOP) a propósito dos acontecimentos seguintes: celebração de reuniões públicas comuns e realização conjuntamente de uma tomada de posição sobre a situação social; publicação no nosso site em português do relatório de um debate entre nossas duas organizações sobre o materialismo histórico; publicação no nosso site de alguns textos da OPOP que consideramos particularmente interessantes. Expressão deste interesse recíproco entre nossas organizações, OPOP também participou no ano passado, como grupo convidado, dos trabalhos do XVIIº congresso da nossa secção na França e este ano do XVIIº congresso internacional da CCI.
Assinalamos também e existência no estado de São Paulo de um grupo em constituição, influenciado pelas posturas da Esquerda comunista, com o qual já estabelecemos relações políticas regulares, incluindo a celebração de uma reunião publica comum.
Esperamos obviamente que a colaboração com estes grupos seja a mais estreita e frutífera. Tal perspectiva vem ao encontro da nossa vontade de procurar desenvolver especificamente a presença política da CCI no Brasil, pois a nossa presença permanente neste país permitirá que se desenvolva ainda mais a colaboração entre nossas organizações, visto que entre nosso núcleo e OPOP existe uma longa história, feita de confidencia e respeito mútuo.
A criação do nosso núcleo é a concretização de um trabalho iniciado há mais de 15 anos e que se intensificou nestes últimos anos através a tomada de contato com diferentes grupos e elementos, a celebração de reuniões públicas em várias cidades, das quais algumas em certas universidades suscitaram um grande interesse por parte de uma assistência numerosa. Não se trata para nós de um termo, mas de uma etapa significativa no desenvolvimento da presença das posições da Esquerda comunista no continente sul-americano. Longe de constituir uma exceção brasileira, este evento faz parte do mesmo fenômeno de aparecimento de grupos no mundo inteiro e que é o produto, no seio de uma dinâmica de retomada dos combates de classes em escala internacional, da tendência da classe operária a dar nascimento a minorias revolucionarias.
CCI (Junho de 07)