1. Introdução
De, aproximadamente, inícios da década de 90 - Governo Collor - para os dias atuais - Governo FHC - com a substituição do padrão fordista de acumulação (em crise final como totalidade) pela chamada reestruturação produtiva e, conseqüentemente, a substituição de políticas de caráter social-democrata, nacional-populista ou ditatorial por uma política nacional neoliberal, o país - e isso não só no Brasil-passou a vivenciar uma onda interminável de privatizações de empresas públicas, estatais e de economia mista, ao lado de sucessivas fusões de bancos e grandes empresas na esfera do capital privado, como antes nunca acontecera.
Praticamente, toda a parcela da economia lastreada nas famosas empresas estatais, tidas e havidas por políticos de carreira de determinadas forças de "esquerda", dirigentes sindicalistas e intelectuais, como "patrimônio do povo", foram, estão sendo e ainda serão - as restantes - privatizadas, ou seja, vendidas, a "preço de banana", para poderosos grupos de capitais, nacionais e estrangeiros. Lá se foram CSN, Vale do Rio Doce, empresas de telefonia, etc., e estão indo também, ou irão logo mais, os bancos estatais, inclusive o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os bancos regionais e estaduais de desenvolvimento - e tudo o mais.