A luta dos oprimidos e das capas não exploradoras

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"Existe uma via alternativa à luta de classes, é a luta das etnias oprimidas ou a de emancipação da mulher"

A sociedade de classes carrega consigo a opressão das minorias, a discriminação racial, a desigualdade entre homem e mulher… O capitalismo não é uma exceção à regra. Não obstante, a luta especifica pela a emancipação da mulher ou contra o racismo não tem a menor possibilidade de triunfar enquanto estiver de a sociedade de classes, e também não pode mudar em nada a sociedade visto que não questiona seus fundamentos. Todos estes problemas encontrarão uma verdadeira solução quando for abolido o capitalismo e durante a transformação da sociedade em direção as relações comunistas no conjunto do planeta. Não existe pois nenhuma alternativa à luta revolucionária da classe operária para liberar a humanidade das desigualdades e demais calamidades que atualmente a esmagam.

"Como podem convergir a luta da classe operária e a das camadas não exploradoras em uma luta comum para destruir o capitalismo?"

A classe operária é a única classe revolucionária da sociedade. Entretanto, isto não implica que tenha que fazer a revolução contra toda a sociedade. Muito pelo contrário, terá que levar atrás de si, em sua luta revolucionária, todas as camadas não exploradoras da sociedade, que objetivamente estão interessadas na queda do capitalismo. Mas para poder desempenhar este papel, a classe operária tem que ser capaz de afirmar-se em sua luta como a classe revolucionária da sociedade, com seu projeto revolucionário de derrubada do capitalismo e de instauração de uma outra sociedade. O pior que possa acontecer é que a classe operária, diluindo-se nos movimentos de revolta de todas aquelas camadas afundadas na miséria pela crise mas sem a menor perspectiva, seja incapaz de afirmar-se como classe revolucionária desta sociedade. Semelhante perigo existe realmente e foi evidenciado por exemplo pelas revoltas estéreis de 2001 na Argentina, quando muitos proletários foram conduzidos por uma multidão de elementos de todo tipo e em particular por partes da pequena e média burguesia arruinadas pela crise.

"Que alianças são possíveis entre a classe operária e movimentos como o dos Sem terra?"

Este exemplo é uma ilustração da impossibilidade atual de fazer convergir atrás do movimento da classe operária um movimento como o dos camponeses sem terra, enquanto estes não abandonarem sua especificidade. É sabido hoje que este movimento está totalmente controlado pelo Estado. Em que suas reivindicações são conciliáveis com as da classe operária? Em nada! Enquanto a recusa da classe operária a sofrer os ataques impostos pela crise do capitalismo constitui a base da critica radical da ordem capitalista, é muito diferente das reivindicações totalmente reacionárias do Movimento dos Sem terra, que podem resumir-se ao direito de todos à propriedade.