A libertação nacional e a constituição de novas nações não foram jamais tarefas próprias do proletariado. Embora no século XIX os revolucionários tiveram que apoiar tal tipo de lutas, jamais o fizeram em nome do "direito dos povos a dispor de si mesmos" e estiveram sempre conscientes do caráter exclusivamente burguês destas. Tal apoio se fundava unicamente em um fato: no período ascendente do capitalismo, a nação representava a entidade apropriada para o desenvolvimento do capitalismo e todo novo desenvolvimento desse âmbito, ao eliminar os vestígios reacionários das formas sociais pré-capitalistas, constituía um passo adiante no crescimento das forças produtivas à escala mundial e, conseqüentemente, na maturação das condições materiais do socialismo.