Decadência do capitalismo

Resumo de "Materialismo Histórico e decadência do capitalismo" (CCI)

No início da humanidade e durante centenas de milhares de anos, o comunismo primitivo constituiu o modo de organização da sociedade humana. Isso significa que, na maior parte de sua existência, os seres humanos viveram numa sociedade sem classes e sem Estado.

Depois apareceram outras sociedades, com outros modos de organização baseados na exploração do homem pelo homem, que se sucederam até o capitalismo atual.
A sucessão destas sociedades deu lugar a evoluções essenciais e evidentes como o crescimento dos meios da produção e aumento da produtividade do trabalho.

Marx, a questão dos mercados e a queda tendêncial da taxa de lucro

Quando os intelectuais ditos marxistas e as organizações pretendidas marxistas (trotskistas, stalinistas, ...), todos  a serviço da burguesia,  pretendem defender a visão de Marx das contradições mortais do capitalismo agindo no plano econômico, na maioria dos casos se referem exclusivamente à queda tendêncial da taxa de lucro descoberta por Marx. De maneira geral, todos relativizam, quando não o consideram como insignificante - apesar de ser muito presente na obra de Marx - este fator de crise constituído pela superprodução devido à insuficiência dos marcados solváveis. O problema é que o mesmo procedimento se encontra, com vários graus, por parte de algumas correntes ou elementos politizados que defendem posições revolucionarias. Um tal método de análise das contradições econômicas do capitalismo constitui, do nosso ponto de vista, um erro que colocamos em evidência no texto em seguida com intento de fortalecer o campo do proletariado no plano teórico, e evidentemente não o de esclarecer os diferentes tipos de defensores do capitalismo.

3. A decadência do capitalismo

Para que a revolução proletária possa passar do estádio de um simples desejo ou de uma simples potencialidade ao estádio de uma possibilidade completa é preciso que se converta em uma necessidade objetiva para o desenvolvimento da humanidade. Tal situação prevalece desde a Primeira Guerra Mundial: nesta data termina a fase ascendente do capitalismo que começa no século XVI e que alcança seu apogeu no final do século XIX. A nova fase aberta a partir deste momento é a decadência do capitalismo.

A teoria da decadência reside no âmago do materialismo histórico

Estamos começando uma nova série de artigos dedicados à teoria da decadência. Desde há algum tempo que têm sido feitas algumas críticas a esta concepção. Em grande medida isso tem vindo do trabalho de académicos ou de grupelhos parasitas. Outras críticas, pelo contrário, expressam uma real incompreensão dentro do meio revolucionário, ou vêm de elementos à descoberta de respostas genuínas acerca da evolução do capitalismo numa perspectiva histórica. Nós já respondemos à maioria destas críticas. Contudo, hoje estamos a verificar uma mudança na natureza destas críticas. Elas já não são meras questões, incompreensões ou dúvidas; elas já não põem apenas alguns aspectos em questão. Ao invés, temos assistido a uma rejeição total desta teoria, o que representa um desvio completo do marxismo.

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