Crise econômica - Culpam o sistema financeiro para esconder o verdadeiro culpado: o capitalismo!

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"Vai acontecer um crack e a queda será muito violenta". "Ninguém acredita nos planos de resgate, as pessoas sabem que os mercados e as bolsas estão acabados". "Absolutamente, não cabe aos especuladores" como vamos direcionar a economia, nosso trabalho é fazer dinheiro com esse tipo de situações". "Deito-me todas as noites sonhando com uma nova recessão". "Em 1920, poucas pessoas estavam preparadas para tirar partido do crack e hoje todo mundo, e não só as elites, poderiam fazer isso ". "Esta crise econômica é como um câncer". "Tem que se preparar! Não há de se esperar que os governos solucionem nossos problemas já que não são eles os que governam o mundo e sim Goldman Sachs. Esse banco não se importa com os planos de resgate". "Eu predigo que em menos de 12 meses as poupanças de milhões de pessoas vão desaparecer e isto não será mais que o início". Esses comentários foram feitos, em 26 de Setembro, pelo especulador Alessio Rastani na rede de televisão BBC. [1] Desde então, o vídeo tem se reproduzido na Internet criando um verdadeiro escândalo. Certamente, nós compartilhamos o pessimismo do economista. Sem necessidade de prever de uma forma tão precisa o futuro, podemos afirmar sem medo, que o capitalismo vai continuar afundando, que a crise se ampliará e será cada vez mais devastadora, e que o sofrimento que traz a miséria vai alcançar uma grande parcela da humanidade.

As declarações de Alessio Rastani alimentam uma das grandes mentiras dos últimos anos, o mundo estaria arruinado devido exclusivamente ao sistema financeiro. É Goldman Sachs quem dirige o mundo. Todas as vozes antiglobalização, de esquerda e extrema esquerda gritam em uníssono: "Que horror! Esta é a causa de todos nossos males. Devemos retomar o controle da economia. Devemos por limites aos bancos e fazer parar a especulação. Devemos lutar por um Estado mais forte e mais humano!" Esse discurso é repetido sem cessar depois do fracasso do gigante bancário americano Lehman Brothers em 2008. Atualmente, até uma parte da direita clássica tem se unido a essa crítica radical do sistema financeiro e pede por mais moralização e por um maior papel do Estado. Esta propaganda nada mais é que uma farsa ideológica utilizada como ferramenta para ocultar a causa real do cataclismo atual: o fracasso histórico do capitalismo. Não é simplesmente um matiz ou uma simples questão de terminologia. Denunciar o neoliberalismo e denunciar o capitalismo é fundamentalmente diferente. Por um lado se fala da reforma desse sistema de exploração enquanto que por outro se afirma que o capitalismo não tem futuro, que deve ser destruído e substituído por uma nova sociedade. Entendemos porque a classe dominante, seus meios de comunicação e seus especialistas, investem tanta energia em assinalar a irresponsabilidade do sistema financeiro, acusando-o da situação econômica atual já que buscam desviar as reflexões em curso sobre a necessidade de uma mudança radical e, portanto, de uma revolução.

 "É culpa dos especuladores!": ou o velho truque de buscar um bode expiatório

Depois de quatro anos, a cada crack da bolsa, reaparece o assunto de um "especulador irresponsável". Em janeiro de 2008, o escândalo de Jerome Kirviel foi a manchete de todos os jornais. Kirviel é julgado como responsável pela queda da Société Générale (banco francês) por ter perdido 4,82 bilhões de euros, devido a uma série de erros decorrente de má gestão. A verdadeira razão dessa crise, a explosão da bolha imobiliária dos Estados Unidos, é relegada ao segundo plano.

Em dezembro de 2008, o investidor Bernard Madoff é investigado por um desfalque de 65 bilhões de dólares. Converte-se no maior desfalque de todos os tempos e permite, pontualmente, esquecer o fracasso bancário do gigante americano Lehman Brothers.

Em setembro de 2011, o especulador Kweku Adoboli é acusado de uma fraude de 2,3 bilhões de dólares no banco suíço UBS. Esse assunto veio à luz do dia de uma forma totalmente inesperada e em meio a uma nova convulsão econômica mundial.

Evidentemente, todo mundo sabe que esses indivíduos são os bodes expiatórios. A corda puxada pelos bancos para justificar seus excessos é mais do que evidente para se deixar passar sem perceber. No entanto, esta intensa propaganda midiática permite focar toda atenção ao mundo financeiro. A imagem desses tubarões especuladores, sem escrúpulos, está fixando-se em nossas mentes até se converter em uma obsessão.

Assim, temos que refletir: como esses "diversos eventos" em si mesmos podem explicar porque a economia mundial está à beira de um colapso? Por mais indignantes que sejam essas fraudes de milhões de dólares, quando milhões de pessoas morrem de fome no mundo, por mais cínicos e vergonhosos que possam parecer os propósitos de Aléssio Rastani na BBC quando diz esperar um crack da bolsa para especular e se enriquecer, não tem nada que possa explicar a amplitude mundial da crise econômica que abarca atualmente todos os setores em todos os países. Os capitalistas, sejam banqueiros ou diretores, sempre buscaram o máximo lucro sem se preocuparem com os problemas da humanidade. Não é nenhuma novidade. O capitalismo é um sistema de exploração desumano desde o seu nascimento. A pilhagem bárbara e sanguinária das populações africanas e asiáticas nos séculos XVIII e XIX é uma prova trágica disso. A delinqüência dos especuladores e dos bancos não explica nada da crise atual. Se as fraudes financeiras provocam atualmente perdas colossais e colocam às vezes os bancos em perigo, na realidade é devido à sua fragilidade induzida pela crise e não o contrário. Se, por exemplo, o Lehman Brothers faliu em 2008, não foi por causa da sua política de investimento, mas por causa da quebra do mercado imobiliário americano durante o verão de 2007 e porque esse banco detinha um monte das obrigações sem valor. Com a crise das subprimes, as famílias americanas super-endividadas revelaram-se insolventes e todo mundo entendeu que os empréstimos contratados jamais seriam pagos.

"É culpa das agências de qualificação": ou como acusar o termômetro em caso de febre

As agências de qualificação [2] também são o fogo cruzado das críticas. No final de 2007, foram taxadas de incompetentes por terem negligenciado o peso das dívidas dos Estados. Hoje em dia, são acusadas do oposto, por dar muita importância à dívida soberana da zona do euro (Moody) e dos Estados Unidos (Standard and Poors). É verdade que essas agências têm interesses particulares, que seu juízo não é objetivo. As agências chinesas foram as primeiras em degradar a nota do estado americano, e as americanas são mais severas com a Europa do que com seu próprio país. É verdade, igualmente, que cada queda das notas de um país ou de uma empresa, é aproveitada pelos financistas para especular, o que acelera ainda mais a degradação das condições econômicas. Os especialistas falam das chamadas "profecias autorrealizáveis".

Mas a realidade é que todas as agências subestimam voluntariamente a gravidade da situação; as notas que atribuem são demasiadamente elevadas em relação à capacidade dos bancos, das empresas e de alguns Estados. O interesse dessas agências é criticar suavemente os fundamentos econômicos para não criar o pânico, pois a economia mundial é o galho onde todas se assentam. Quando baixam uma nota é porque têm essa obrigação, caso contrário ninguém acreditaria nelas. Do ponto de vista da classe dominante, é mais inteligente reconhecer algumas debilidades de seu próprio sistema para dissimular assim os problemas de fundo. Todos os que acusam as agências de qualificações o sabem perfeitamente. Se denunciam a qualidade dos termômetros, é para evitar as reflexões acerca da estranha doença que afeta o capitalismo mundial, por medo que percebamos que se trata de uma enfermidade degenerativa incurável.

"É culpa do sistema financeiro": ou a confusão entre a doença e o sintoma

Essas críticas dos especuladores e das agências de qualificação pertencem a uma campanha de propaganda muito mais ampla sobre a loucura e a hipertrofia do sistema financeiro. Como sempre, esta ideologia enganosa se apóia sobre uma parcela de verdade, já que não se pode negar que o mundo financeiro se converteu, nas últimas décadas, em um monstro gigantesco dotado de incurável obesidade e afundado no mais irracional dos comportamentos.

Existem muitíssimas provas. Em 2008, o total das transações financeiras mundiais se elevou a 2.200 trilhões de dólares, contra um PIB mundial de 55 trilhões. [3] E esses trilhões foram investidos ao longo dos anos de maneira enlouquecida e autodestrutiva. Um exemplo elucidativo é a venda a descoberto: "No mecanismo de venda a descoberto, começamos por vender um valor que não possuímos para depois voltarmos a comprá-lo. O objetivo do jogo é vender um valor a um preço e voltar a comprar a um preço inferior para tirar a diferença. O mecanismo é totalmente oposto ao de uma compra seguida de uma venda". [4] Concretamente, a venda a descoberto envolve imensos fluxos especulativos financeiros em torno de certos ativos apostando na queda dos seus preços, o que em ocasiões pode levar a um colapso do ativo visado. Isto agora se tornou um escândalo e muitos economistas e políticos nos dizem que este é o principal problema da falência da Grécia e da queda do euro. Assim, a solução é simples: proibir as vendas a descoberto e tudo voltará ótimo no melhor dos mundos. É verdade que este tipo de venda é uma loucura e que acelera a destruição de partes importantíssimas da economia. Mas é justamente isso: só faz acelerar, não é a causa! O contexto que permite essas operações em grande escala é a crise econômica. O fato de que os capitalistas apostem de maneira consciente na baixa e não na alta dos mercados revela na realidade a total falta de confiança que eles mesmos têm no futuro da economia mundial. Também é a razão pela qual há cada vez menos estabilidade e cada vez menos investimentos a longo prazo: se os investidores jogam a curto prazo fazendo operações espetaculares e retirando-se rapidamente sem se preocupar com a continuidade das empresas e das fábricas é porque não há quase nenhum setor industrial seguro e rentável a longo prazo. E é aqui onde começamos verdadeiramente chegar ao centro do problema: a economia chamada real ou tradicional está submersa em águas pantanosas há décadas. Os capitais fogem dessa esfera que é cada vez menos rentável. O comércio mundial está saturado de produtos que não podem ser vendidas, as fábricas não estão produzindo e não acumulam o suficiente. O resultado é que os capitalistas investem em especulação. Daí procede a hipertrofia do sistema financeiro, que não é mais que um sintoma da doença incurável do capitalismo: a superprodução.

"É culpa do neoliberalismo": ou como acorrentar os explorados ao Estado

Aqueles que apontam o neoliberalismo como problema concordam que a economia real está em apuros, porém não atribuem isto à impossibilidade do capitalismo continuar se desenvolvendo. Eles negam que o sistema se tornou decadente e que está em sua agonia de morte. Os ideólogos antiglobalização atribuem à destruição da indústria depois das más escolhas nas políticas dos anos 60 e, consequentemente, à ideologia neoliberal. Para eles, como para nosso especulador Alessio Rastani, é Goldman Sachs quem dirige o mundo. Lutam por um Estado melhor, por mais regulação, por uma maior política social. Partindo da crítica do neoliberalismo, mostram-nos outra ilusão: o estatismo. "Com um maior controle do Estado sobre sistema financeiro, poderíamos construir uma nova economia: mais social e mais próspera".

No entanto, um Estado com maior protagonismo não permitirá solucionar os problemas econômicos que afetam o capitalismo. Repetimos que o que mina o sistema é a tendência natural de produzir mais mercadorias do que os mercados podem absorver. Durante décadas, conseguiu evitar a paralisia da sua economia ao vender sua produção em um mercado criado artificialmente pelo endividamento. Em outros termos, o capitalismo sobrevive à base de créditos desde os anos 1960. É por isso que hoje, os particulares, empresários, bancos e Estados se afundam sob uma gigantesca montanha de dívidas e por isso que a recessão atual é conhecida como a "crise da dívida". Desde o fracasso do Lehman Brothers em 2008, o que os Estados fizeram através dos seus bancos centrais (FED [EUA] e BCE [Europa] à frente)? Injetam bilhões de dólares para evitar o afundamento. Mas de onde vem esse dinheiro? De novas dívidas! Não se faz mais do que deslocar a dívida privada para a esfera pública e assim preparar futuras falências dos Estados, como estamos observando atualmente com a Grécia. As tempestades econômicas que estão por vir podem ser de uma violência sem precedentes. [5]

"Mas se o estado não soluciona a crise, poderia ao menos nos proteger e ter uma atitude mais social", é o que a esquerda nos fala. Mas isso é esquecer um pouco rápido demais que o Estado sempre foi o pior dos patrões. As nacionalizações nunca foram uma boa notícia para os trabalhadores. Após a Segunda Guerra Mundial, a maior onda de nascionalizações que se produziu tinha por objetivo elevar o aparato produtivo destruído e aumentar o ritmo do trabalho. Na época , Thorez, secretário geral do Partido Comunista francês e vice-presidente do governo dirigido por De Gaulle (famoso general de direita), lançou o apelo à classe operária francesa, e, em particular, dos operários das empresas nacionalizadas: "Se os mineiros morrerem no trabalho, suas esposas irão substituí-los" ou "arregace as mangas para a reconstrução nacional", e "a greve é a arma dos trustes". Bemvindo no mundo maravilhoso das empresas nacionalizadas. Aqui não têm nada de inesperado nem de surpreendente. Os comunistas revolucionários têm colocado sempre em evidência desde a experiência da Comuna de Paris de 1871, o papel visceralmente anti-proletário e desumano do Estado. "O Estado moderno, qualquer que seja a sua forma, é uma máquina essencialmente capitalista, é o Estado dos capitalistas, o capitalista coletivo Ideal. E quanto mais forças produtivas passe à sua propriedade tanto mais se converterá em capitalista coletivo e tanto maior quantidade de cidadãos explorará. Os operários continuam sendo operários assalariados, proletários. A relação capitalista, longe de ser abolida com essas medidas, se aguça". Friedrich Engels escreveu essas linhas em 1878, o que mostra que, já na época, o Estado começava a estender seus tentáculos sobre a totalidade da sociedade, a agarrar com mão de ferro toda a economia nacional, as empresas públicas e as grandes sociedades privadas. Desde então, o capitalismo de estado não tem feito mais que se reforçar: cada burguesia nacional se fortalece atrás de seu Estado para levar a guerra comercial internacional sem piedade que travam todos esses países.

"Os países do BRIC irão nos salvar": os milagres econômicos não existem

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conheceram nesses últimos anos um êxito econômico de grande ressonância. A China, em particular, é considerada atualmente como a segunda potência econômica mundial, e muitos são os que pensam que logo destronará os Estados Unidos. Este êxito impressionante, faz os economistas esperar que este grupo de países poderia se converter na nova locomotiva da economia mundial, como o foram os Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial. Ultimamente, devido aos riscos de explosão da zona do euro, a China, se propôs a reavivar as finanças italianas. A turma dos anti-globalização vêem nisso um motivo de alegria: uma vez que a supremacia americana do neoliberalismo é vista por eles como a pior das pragas nestas últimas décadas, o crescimento do poder desses países emergentes permitiria um mundo mais equilibrado, mais justo. Esta esperança de ver o desenvolvimento dos países emergentes, compartilhada por todos os burgueses assim como os "anti- globalização", não é somente cômica, mas revela que todos estão vinculados ao mundo capitalista.

Esta esperança desaparecerá, pois há um ar de déjà-vu sobre todo esse assunto de "milagre econômico". A Argentina e os tigres asiáticos nos anos 80 e 90 e mais recentemente Irlanda, Espanha ou Islândia, foram exibidos como "milagres econômicos". E como todo milagre, a realidade acabou por se impor. Todos esses países deveram seu rápido crescimento a um endividamento desenfreado e conheceram a mesma sorte: recessão e fracasso. E ocorrerá o mesmo com os BRIC. A preocupação cresce em torno do endividamento real das províncias chinesas, sobre a desaceleração do crescimento e sobre o aumento da inflação. O presidente do fundo soberano chinês China Investment Corp, Gao Xiping, declarou "Não somos salvadores devemos salvar a nós mesmos". Mais claro que isso, impossível!

A verdade é que o capitalismo não tem nem solução nem futuro

O Capitalismo não pode ser reformado. Ser realista, é admitir que só a revolução pode solucionar a catástrofe. O capitalismo, como a escravidão e a servidão, é um sistema de exploração condenado a desaparecer. Depois de ter expandido durante os séculos XVIII e XIX, e depois de conquistar o planeta, o capitalismo entrou em decadência desencadeando a Primeira Guerra Mundial. A Grande Depressão dos anos 30 e a carnificina da Segunda Guerra Mundial confirmaram a obsolescência desse sistema e a necessidade de destruir esse sistema social moribundo para que a humanidade sobreviva. Porém desde os anos 1950, não houve uma crise de magnitude da de 1929. É verdade que a burguesia aprendeu a limitar os danos e reativar a economia: o que faz alguns pensar que a crise que hoje atravessamos não é mais que um novo episódio desses tremores, e que o crescimento não tardará em voltar, como acontece desde os 60 anos. Na realidade, as recessões sucessivas em 1967, 1970-71, 1974-75, 1991-93, 1997-1998 (na Ásia) e 2001-2002 não fizeram mais que preparar o drama atual. Com efeito, em cada ocasião, a burguesia só conseguia relançar a economia mundial ao preço da abertura das comportas dos créditos. Não chegaram nunca a solucionar o problema de fundo, a superprodução crônica. Não fez mais que adiar os prazos recorrendo às dividas e atualmente o sistema está afogado por elas. Todos os setores, todos os Estados estão superendividados. Esta corrida para frente atinge os seus limites. Isto que dizer que a economia vai se bloquear e que tudo vai parar? Evidentemente que não. A burguesia continuará a se debater. Concretamente, a classe dominante tem que escolher entre duas políticas, que são como escolher entre a peste e a cólera: austeridade draconiana ou a retomada através da máquina de produzir dinheiro. A primeira leva à recessão violenta e a segunda à explosão de uma inflação incontrolável.

Doravante, a alternância de fases curtas de recessão e de longos períodos de retomada financiadas através de créditos, é uma época definitivamente passada: o desemprego vai explodir e a miséria bem como a barbárie vão se expandir de forma dramática. Pode ser que haja fases de recuperação (como em 2010), porém essas não serão mais que pequenos balões de oxigênio de muito curta duração, às quais sucederão novos desastres econômicos. Todos aqueles que pretendem o contrário são como o suicida que, depois de ter saltado do alto do Empire State Bulding, dizia em cada andar que até ali tudo ia bem. Não esqueçamos que no começo da grande depressão de 1929, o presidente americano Hoover afirmava que a prosperidade estava logo na esquina. A única incerteza é como a humanidade vai se sair disso. Vai se afundar junto com o capitalismo? Ou vai ser capaz de construir um novo mundo de solidariedade, sem classes nem Estado, sem exploração ou lucro? Como escreveu Friedrich Engels há um século: "a sociedade burguesa está diante de um dilema: ou se dirige ao socialismo ou cai na barbárie". As chaves desse futuro estão nas mãos da classe operária, de suas lutas unificadoras para os trabalhadores, desempregados, aposentados e jovens precarizados.

Pawel (29 de setembro de 2011)


[1] Fonte: "Alessio Rastani (en français) - "C'est Goldman Sachs qui dirige le monde et pas les politiques" - BBC - 26/09/2011".

[2] Chamadas também de rating, as mais famosas são Standard & Poors, Moody's, Fitch etc.

[3] Fonte: www.jacquesbgelinas.com/index_files/Page3236.htm.

[4] Fonte: http ://www.abcbourse.com/apprendre/1_vad.html

[5] Apostar em "mais Europa" ou em "mais governo mundial" também é outro beco sem saída. O fato de vários Estados se juntarem não vai solucionar a crise. O máximo que podem chegar é abrandar o avanço da crise, enquanto suas divisões a aceleram.